As astrologia tem milhares de anos e se desenvolveu em todas as culturas, mas volta e meia surge a polêmica, falsa polêmica, diga-se de passagem. Tem sempre alguém que levanta a voz para classificar a astrologia como pseudociência, como se os astrólogos reivindicassem o status de ciência a astrologia. Se alguns astrólogos o fazem, estão equivocados. A astrologia é uma disciplina que se vale de um conjunto de técnicas que não se encaixam no método científico.

Isso mesmo, a astrologia não é ciência porque não se presta a uma observação sistemática controlada, nem a experimentos e hipóteses verificáveis que permitam que se chegue a resultados previsíveis. Você deve estar pensando: “Ah, mas e as previsões astrológicas?” Bem, as previsões astrológicas apresentam um cenário de possibilidades, mas não são previsões de um futuro que já estaria definido e que o astrólogo é capaz de antever.    

Talvez a dificuldade em separar ciência e astrologia venha do fato que esta última foi a base da astronomia. Em tempos remotos, a observação do céu tinha o objetivo oracular e religioso, tanto que muitos planetas levam o nome de deuses. A origem da astrologia se perde no tempo. Há milênios o homem vem adquirindo conhecimentos observando a relação dos ciclos astrológicos com a dinâmica das coisas aqui na Terra. A vertente simbólica destes conhecimentos viria constituir as bases da Astrologia, e mais tarde, a vertente científica constituiria a Astronomia.

Em todas as épocas e em todas as culturas, mentes curiosas se dedicaram ao estudo da astrologia: sábios chineses, pensadores gregos, eruditos árabes, sacerdotes maias, nobres da velha Europa, de Ptolomeu a Fernando Pessoa, de São Tomás de Aquino a Jung. Há registros que indicam atividades de algum tipo de astrologia na antiguidade na Babilônia, na Índia e na China, e até no Brasil, como se conclui pelas inscrições rupestres na pedra do Ingá, na Paraíba, que datam de cerca de 6 mil anos.

Acreditamos que a astrologia requer uma abordagem aberta e equidistante dos extremos, evitando tanto argumentos reducionistas quanto   mistificações e expectativas exageradas. Então, vamos falar de astrologia nesta página, sem dogmas ou abordagens esquisotéricas.

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